quinta-feira, 8 de março de 2007

O Eclipse do Eclipse

Sábado tivemos o eclipse da Lua. Mas não foi um eclipse qualquer. Foi aquele que aprendemos na escola e que passamos a vida inteira esperando e, a cada evento, ou o céu está nublado, ou ele é melhor visualizado no hemisfério norte, ou é num horário que ninguém está acordado, ou a Terra só esconde uma nesguinha da Lua... Dessa vez não, foi um eclipse de cinema. Perfeito, demorado, num horário ótimo, com a Lua (que estava enorme no céu) ficando toda encoberta e ainda tinha aquele tom avermelhado para dar um charme. Foi um eclipse sensacional. Menos para mim.
Um eclipse daqueles é para casais apaixonados. Para se ficar admirando agarradinho à pessoa que se ama. Dando beijos e fazendo carícias. Pois é, o meu eclipse não teve nada disso. Eu estava longe, muito longe de quem eu gostaria que estivesse ao meu lado. Passei-o sozinho, curtindo o espetáculo e imaginando o que poderia ter sido se ela estivesse comigo. Não estava. E agora eu tenho que esperar mais não sei quantos anos para ter outra oportunidade desta.
Espero que você tenha tido melhor sorte do que eu. Que tenha curtido o eclipse com alguém especial e tenha aproveitado todo esse tempo para trocar amor. É, trocar, porque não existe amor de um só. Você manda amor para lá e recebe amor de volta. É que nem o eclipse. A Lua, sozinha, não faz o eclipse. Ela precisa do Sol e da Terra. Bom, pode parecer um ménage, mas não era nada disso que eu queria dizer. O importante é que os momentos especiais não são feitos sozinhos. E, no meu caso, no sábado, teve eclipse do meu eclipse.